domingo, 16 de novembro de 2008

Volume 1001

Choro.É que escuto a música. Batidas fortes, de coração - o compasso da percussão. Memória minha evocada, completamente enebriada, de tantos, de açucarados e salgadísimos acordes. O meu choro, agora, não é pelo purismo ou pela sofisticação, visto que o que escuto é mestiça, eletrizante e dançante música brega. Dessas que falam de amores óbvios enquanto as mulheres, e os homens!, rebolam. Choro porque é com essa música, alguém dirá barulho, que a beleza vulgar, renegada, do povo feio explode emoção e calor por dentro do corpo que se contorce. Isso é dança, e é simplesmente vida. É a liberdade remanescente do espírito para o corpo pulsando como cura.

Nenhum comentário: